quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Caravana de Educação em Direitos Humanos – Grupo Mulher Maravilha Presente



No dia 11/09/2014 – no auditório da UNICAP – Recife- PE foi realizada a Caravana de Educação em Direitos Humanos, ação concreta a partir do Fórum Mundial de Direitos Humanos  realizado em Dezembro de 2013 – em Brasília, promovido pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República,  com a participação da sociedade civil, governo e entidades internacionais. Essas Caravanas que estão sendo realizadas nos Estados, tem o propósito, entre outros , de colocar em pauta os Direitos Humanos para quebrar tabus e criar novos conceitos. É uma porta de entrada para uma nova cultura em Direitos Humanos.
A mesa foi composta pela Secretária  de Direitos Humanos da presidência da República – Ideli Salvati, representante  nacional do MNDH, do Dignitatis, Secretário Estadual de Direitos Humanos e membros da Comissão Estadual da Verdade e da Comissão de Combate à Tortura.

Em sua fala, a Ministra defendeu a criminalização da homofobia, trazendo  relatos de recentes crimes  no Brasil, por preconceito a exemplo do incêndio no Centro de Tradições Gaúchas- CTG onde haveria uma cerimônia de casamento  de 28 casais heterossexuais, o assassinato de um casal gay e de um jovem de 18 anos. Disse ainda que não foi fácil aprovar uma lei criminalizando o racismo e a Lei Maria da Penha e certamente não será  fácil aprovar uma lei que criminalize a homofobia, por isso é preciso debater com a sociedade  e no Congresso  Nacional  essa questão para  que se possa ter um avanço na legislação. Referiu-se  ainda da tortura nos presídios, em particular do Anibal Bruno, da criminalização dos(as) defensores(as) de Direitos Humanos citando que em entrevista na radio, o jornalista perguntou por que os Direitos Humanos defendem bandidos. Ela falou que bandido vira bandido, mas ao nascer é gente. Portanto, é pessoa humana e assim sendo não pode ser torturado, pois os  Direitos Humanos  são universais. Também  se referiu ao caso Rubens Paiva, vítima da ditadura militar e completou que o ocultação de cadáver é crime  imprescritível.

A Senhora Nair Ávila, mãe de  Manoel Mattos,  Defensor dos Direitos Humanos assassinado na Paraíba  em 24/01/2009  por grupos de extermínio da região foi homenageada no evento, finalizado  com protestos de um grupo de ambulantes, trabalhadores(as) informais  denunciando  o Prefeito  do Recife pela retirada dos(as) trabalhadores dos seus locais de trabalho, de forma truculenta sem oferecer-lhes alternativas de local onde possam trabalhar para ganhar o pão.